sábado, 23 de março de 2013

CANTIDIANO ROSA BOMFIM


CANTIDIANO ROSA BOMFIM

Filho do Sr. Manoel Rosa e D. Matildes Chagas Rosa, nasceu na antiga Rua do Canto, em Carmópolis, na época pertencente à Japaratuba, em 11 de novembro de 1910.
Alfabetizou-se em escola pública na cidade, e logo cedo, como provinha de família pobre, começou a trabalhar para reforçar a renda familiar.
Empregou-se na Usina Oiteirinhos, passando pelos diversos estágios das atividades internas de fabricação, mas teve a maior parte do seu tempo de empregado como operador de máquinas. Essa condição foi a grande escola que forneceu a Cante (assim era tratado) uma vasta experiência e certa versatilidade, o que lhe valeu a estima e confiança dos seus chefes, como empregado disciplinado e capaz. Por tudo isto, veio a se tornar independente economicamente, passando a viver dos seus próprios negócios, montados numa pequena indústria que instalou em prédio anexo à sua residência - Fábrica de Bebidas Guaraci. - à Rua Getúlio Vargas, no centro da cidade.
Influenciado pelos amigos que fez na Usina Oiteirinhos, ingressou na política e foi eleito Vereador, por mais de uma legislatura. Como Presidente da Câmara de Vereadores, assumiu o cargo de Prefeito de 24 de julho de 1951 a 25 de maio de 1954, em virtude do falecimento do titular - Simeão Amaral Lemos. Como Prefeito julgou oportuno e realizou a aquisição de casas, em número de quatro, que foram incorporadas ao patrimônio público municipal e utilizadas segundo as necessidades administrativas.
Foi casado com D. Eunice Santos Rosa, nascida no Povoado Marimbondo, município de Japaratuba e desse casamento teve somente uma filha - a Dra. Carmem Rosa Araújo. 
Faleceu em 07 de agosto de 1979.
TEXTO DE ANTÔNIO CARLOS CONCEIÇÃO (CARLITO)

sexta-feira, 22 de março de 2013

ARIOVALDO FERRElRA DE SOUZA


ARIOVALDO FERRElRA DE SOUZA

Ariovaldo Ferreira de Souza (Ariovaldo da Farmácia) nasceu em 17 de novembro de 1922, na cidade de Rosário do Catete e faleceu a 22 de dezembro de 1987, aos 65 anos de idade.
Era filho do senhor João Batista de Souza e D. Amália Ferreira de Souza, ambos naturais daquele Município.
Tendo Policarpo aberto uma filial em Carmópolis, confiou ao jovem Ariovaldo à gestão dos seus negócios nessa filial. Mas Ariovaldo sentia que precisava de algo mais e, algum tempo depois, deixou o emprego e foi para São Paulo. Lá, foi trabalhar no mesmo ramo, já com boa experiência. Na Farmácia onde trabalhava num determinado dia chega um senhor e pede para preparar uma solução, apresentando-lhe a receita médica. Ariovaldo disse que não tinha condição de aviar a dita receita. Procurado o proprietário da Farmácia o cidadão apresentou-se como Fiscal, tratando de autuar o estabelecimento, por manter um funcionário inabilitado como responsável, quando deveria estar ali um farmacêutico. Chamado Ariovaldo para tomar conhecimento do acorrido, a defesa veio pronta: "Eu sei preparar, e preparo agora se o senhor beber". O Fiscal não contava com esta, pois se tratava de uma armadilha e o Auto de Inflação não foi lavrado. Resultado - Ariovaldo foi encaminhado para submeter-se a testes em que demonstrou capacidade e conhecimento da matéria, saindo oficialmente habilitado, para prosseguir na sua brilhante carreira.
Mas Ariovaldo volta para Carmópolis e mais ou menos em 1947 assumiu a direção da farmácia. Isto aconteceu. A partir daí, outra porta abriu-se para Ariovaldo. Como melhor forma de gratificar um bom funcionário, Policarpo vendeu-lhe a Farmácia, em condições acessíveis, para quem vai começar.
Competente, além de inteligente e audacioso, era o que faltava para Ariovaldo deslanchar economicamente. Sua fama de Farmacêutico "entendido" correu por todo o Estado de Sergipe e seus vizinhos, transformando Carmópolis num ponto de verdadeira romaria, de pessoas que o procuravam na esperança de se curar dos seus males, muitas até desiludidas. A capacidade de Ariovaldo, sobretudo, a sua coragem – considerando-se as implicações profissionais - restauravam nessas pessoas a alegria de viver. Não se contam quantas voltavam depois, apenas para agradecer a felicidade da cura, com o "santo remédio" de Ariovaldo. .
Como Farmacêutico provisionado sempre esteve colocado entre os melhores do Estado e com destaque na profissão. Em Carmópolis, conquistou a simpatia dos mais pobres, a quem atendia a qualquer hora, do dia ou da noite, do mesmo modo como atendia as pessoas de maiores posses.
Aproximado do Dr. Octávio Aciole Sobral, da Usina Oiteirinhos, participou da política chegou a ser Prefeito - de fevereiro de 1963 a janeiro de 1967. Na sua gestão foi criado o Bairro Novo - Área de terra desapropriada para loteamento, Cujos lotes foram vendidos pela Prefeitura, diretamente ao povo. Iniciou também a construção do Mercado Municipal "Alberto Cruz”, que foi concluído na gestão imediata, de Gilberto Amaral.
Foi casado com D. Diva Melo Calixto, filha do fazendeiro Manuel Calixto o D. Maria Amada Mello Calixto, proprietários de lagoas de arroz, no município de Ilha das Flores, situado no Baixo São Francisco.
No meio do seu mandato de Prefeito, Ariovaldo viu-se forçado a transferir residência para Aracaju, por força dos filhos que se impunha.
Em Aracaju continuou recebendo e dando o atendimento esperado à peregrinação dos que procuravam saúde, iniciando à Rua Jose do Prado Franco, junto à esquina da Rua Santa Rosa, e depois em nova farmácia, na Rua de Laranjeiras, próxima ao prédio dos Correios e Telégrafos. Mas Ariovaldo continuou progredindo economicamente, na mesma embalagem que iniciou.
TEXTO DE ANTÔNIO CARLOS CONCEIÇÃO (CARLITO)

ANTÔNIO TELES LEITE


ANTÔNIO TELES LEITE (Totonho de Iáiá)
 Descendente de tradicional família proprietária de terra viveu sempre em função do prestígio desfrutado da sociedade, sem nunca desmerecer esse prestígio, feliz e por todos acatados.
Eram seus pais os senhores Aristides Ferreira Leite e D. Maria Teles Leite, donos da propriedade “Maria Teles", situada nos arredores da Cidade.
Era tal o seu apego à terra natal que dela nunca se afastou, a não ser já nos últimos anos de sua vida, quando sentiu que as circunstâncias econômicas estavam a reclamar mudanças na trajetória até então adotada.
Foi na escola do renomado Professor Emiliano Nunes de Moura em Japaratuba, que o adolescente Totonho de Iáiá fez seu curso de primeiras letras, tornando-se um admirador da cultura intelectual, buscando sempre aprimorar seus conhecimentos. Não é nenhum exagero, guardadas as devidas proporções, considera-lo um dicionário ambulante.
Já homem, optou pelo comércio, desaguadouro natural de todos que pretendem movimentar e desenvolver as próprias economias, num meio onde são poucas as opções. Estabeleceu-se no ramo de gêneros alimentícios, não chegando a se tornar um grande comerciante, possivelmente pela conduta que adotou, de não girar com o dinheiro dos fornecedores, somente pagando à vista.
Na vida pública, pelo conceito desfrutado de cidadão probo, além de suas origens familiares, chegou a ser nomeado Juiz de Paz e Delegado de Polícia. Em ambos os cargos teve um desempenho com muita dignidade, marca de seu caráter de homem de bem.
Nasceu em 23 de fevereiro de 1909 e faleceu em 24 de junho de 1973, aos 64 anos de idade.
Sua morte ocorreu, havia pouco tempo que estava residindo na capital do estado, deixando viúva a senhora Maria Célia Leite, com dois filhos, que muito honram a sua memória, um dos quais tem o seu nome.
Na fase áurea do charadismo - década de 30 a 50 - foi Totonho um dos maiores cultores do movimento em Carmópolis, de preferência na modalidade novíssima, deleitando-se com os amigos que também apreciavam a arte, na criação e interpretação desse tipo de enigma, como seu passatempo predileto.
TEXTO DE ANTÔNIO CARLOS CONCEIÇÃO (CARLITO)

ANISIO TELES BARRETO


ANISIO TELES BARRETO

 Filho do comerciante - Francisco Teles Barreto e sua senhora - Maria Soledade da Conceição, nasceu em Carmópolis, no dia 31 de dezembro de 1907. Fez o curso primário na Escola Pública Estadual da Cidade e, já homem, seguiu carreira política, juntamente com o irmão Ignácio, continuando a trajetória do pai, ao lado do amigo Leandro Maciel. Nomeado para o cargo de Exator Estadual, exerceu a função de Chefe da Exatoria de Carmópolis, até quando se aposentou.
Na carreira política foi eleito Vereador pela União Democrática Nacional, oposição ao Partido Republicano, do Dr. Octávio Sobral, que mantinha o domínio político no Município. Foi de autoria de Anísio Barreto o projeto de lei aprovado, concedendo subvenção aos Clubes de Futebol regularmente organizados, no ano de 1959, numa tentativa de estimular o esporte.
Exerceu o cargo de Delegado de Polícia, no governo de Dr. Leandro Maciel, líder do seu partido - União Democrática Nacional.
Ao falecer, em 23 de junho de 1991, deixou viúva a senhora Carmelita Andrade Barreto. Deixou filhos desse e dos três primeiros consórcios que realizou.
TEXTO DE ANTÔNIO CARLOS CONCEIÇÃO (CARLITO)

ALBERTO NARCISO DA CRUZ

ALBERTO NARCISO DA CRUZ
 
 Descendente de pequenos proprietários rurais nasceu na fazenda Boca das Pedras, nas imediações do povoado Aguada, a 18 de julho de 1899. Eram seus pais os casais Theotônio Narciso da Cruz e Dona Maria Generosa da Cruz.
Iniciou seus estudos na cidade de Maruim, provavelmente, tendo - se transferido para a Capital do País, aonde chegou a ingressar na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, não logrando, todavia, concluir o bacharelado de Ciências Jurídicas. No 3º ano, as circunstâncias o levaram a interromper o curso, o que não foi bastante para impedir Alberto Cruz de continuar aprimorando seus conhecimentos, vindo a se destacar como pessoa culta e de um notável tirocínio na prática do dia a dia, conduzindo com satisfação e eficiência os papéis de sua responsabilidade, até mesmo aqueles tidos como de equacionamento mais difícil.
No Rio de Janeiro, trabalhou em Escritório de Advocacia, mas voltou a Sergipe, ainda jovem. Fixou-se na Terra Natal, passando a ser empregado no Escritório da Usina Oiteirinhos, permanecendo nesse emprego até quando, por motivo de saúde, teve de se afastar, mediante aposentadoria provisória, condição de que nunca, mais saiu.
Foi Prefeito de Carmópolis, no período de 1948 a 1951. Em sua gestão, a Cidade que vinha sendo iluminada pelo antigo sistema de lampião a querosene, ganhou iluminação pelo sistema termoelétrico, com a instalação de um motor a diesel, adquirido pela Prefeitura.
A partir de 1959, foi Secretário-Tesoureiro da Prefeitura, nomeado pelo Prefeito Roberto Sobral, cargo que ocupou até quando faleceu já na administração do Prefeito Ariovaldo Souza.
Foi casado com D. Amair Santos Cruz, natural da cidade de Igreja Nova, do estado de Alagoas. Do consórcio teve dois filhos, dos quais sobrevive o Jornalista Theotônio Narciso da Cruz Neto.
Faleceu a 23 de março de 1965 e quis o destino que fosse Alberto Cruz o primeiro cidadão a ser sepultado, inaugurando o cemitério N. Sra. de Fátima, obra construída na Administração do prefeito Hemes Fontes da Cruz- 1955 a 1959.
Uma das qualidades que distinguia a personalidade de Alberto Cruz era a sua indiscutível humildade, em contraste com a capacidade intelectual de que era portador, reconhecida e aplaudida por todas as pessoas.
Como verdadeiro paladino, Alberto Cruz mantinha seus dotes intelectuais a serviço das boas causas, sem nada exigir de ninguém.
Viveu e morreu pobre, confinado no próprio lar por opção pessoal, de onde apenas saía para trabalhar, o que pode caracterizar a decepção de um homem, cujo valor moral não encontrou a projeção devida, no meio a que dedicou os melhores momentos de sua vida.
 
TEXTO DE ANTÔNIO CARLOS CONCEIÇÃO