ARIOVALDO FERRElRA DE SOUZA
Ariovaldo
Ferreira de Souza (Ariovaldo da Farmácia) nasceu em 17 de novembro de 1922, na
cidade de Rosário do Catete e faleceu a 22 de dezembro de 1987, aos 65 anos de
idade.
Era filho do
senhor João Batista de Souza e D. Amália Ferreira de Souza, ambos naturais
daquele Município.
Tendo
Policarpo aberto uma filial em Carmópolis, confiou ao jovem Ariovaldo à gestão
dos seus negócios nessa filial. Mas Ariovaldo sentia que precisava de algo mais
e, algum tempo depois, deixou o emprego e foi para São Paulo. Lá, foi trabalhar
no mesmo ramo, já com boa experiência. Na Farmácia onde trabalhava num
determinado dia chega um senhor e pede para preparar uma solução,
apresentando-lhe a receita médica. Ariovaldo disse que não tinha condição de
aviar a dita receita. Procurado o proprietário da Farmácia o cidadão
apresentou-se como Fiscal, tratando de autuar o estabelecimento, por manter um
funcionário inabilitado como responsável, quando deveria estar ali um
farmacêutico. Chamado Ariovaldo para tomar conhecimento do acorrido, a defesa
veio pronta: "Eu sei preparar, e preparo agora se o senhor beber". O
Fiscal não contava com esta, pois se tratava de uma armadilha e o Auto de
Inflação não foi lavrado. Resultado - Ariovaldo foi encaminhado para
submeter-se a testes em que demonstrou capacidade e conhecimento da matéria,
saindo oficialmente habilitado, para prosseguir na sua brilhante carreira.
Mas Ariovaldo
volta para Carmópolis e mais ou menos em 1947 assumiu a direção da farmácia.
Isto aconteceu. A partir daí, outra porta abriu-se para Ariovaldo. Como melhor
forma de gratificar um bom funcionário, Policarpo vendeu-lhe a Farmácia, em
condições acessíveis, para quem vai começar.
Competente,
além de inteligente e audacioso, era o que faltava para Ariovaldo deslanchar
economicamente. Sua fama de Farmacêutico "entendido" correu por todo
o Estado de Sergipe e seus vizinhos, transformando Carmópolis num ponto de
verdadeira romaria, de pessoas que o procuravam na esperança de se curar dos
seus males, muitas até desiludidas. A capacidade de Ariovaldo, sobretudo, a sua
coragem – considerando-se as implicações profissionais - restauravam nessas
pessoas a alegria de viver. Não se contam quantas voltavam depois, apenas para
agradecer a felicidade da cura, com o "santo remédio" de Ariovaldo. .
Como
Farmacêutico provisionado sempre esteve colocado entre os melhores do Estado e
com destaque na profissão. Em Carmópolis, conquistou a simpatia dos mais
pobres, a quem atendia a qualquer hora, do dia ou da noite, do mesmo modo como
atendia as pessoas de maiores posses.
Aproximado do
Dr. Octávio Aciole Sobral, da Usina Oiteirinhos, participou da política chegou
a ser Prefeito - de fevereiro de 1963
a janeiro de 1967. Na sua gestão foi criado o Bairro
Novo - Área de terra desapropriada para loteamento, Cujos lotes foram vendidos
pela Prefeitura, diretamente ao povo. Iniciou também a construção do Mercado
Municipal "Alberto Cruz”, que foi concluído na gestão imediata, de
Gilberto Amaral.
Foi casado com
D. Diva Melo Calixto, filha do fazendeiro Manuel Calixto o D. Maria Amada Mello
Calixto, proprietários de lagoas de arroz, no município de Ilha das Flores,
situado no Baixo São Francisco.
No meio do seu
mandato de Prefeito, Ariovaldo viu-se forçado a transferir residência para
Aracaju, por força dos filhos que se impunha.
Em Aracaju
continuou recebendo e dando o atendimento esperado à peregrinação dos que
procuravam saúde, iniciando à Rua Jose do Prado Franco, junto à esquina da Rua
Santa Rosa, e depois em nova farmácia, na Rua de Laranjeiras, próxima ao prédio
dos Correios e Telégrafos. Mas Ariovaldo continuou progredindo economicamente,
na mesma embalagem que iniciou.
TEXTO DE ANTÔNIO CARLOS CONCEIÇÃO (CARLITO)