sexta-feira, 22 de março de 2013

ANTÔNIO TELES LEITE


ANTÔNIO TELES LEITE (Totonho de Iáiá)
 Descendente de tradicional família proprietária de terra viveu sempre em função do prestígio desfrutado da sociedade, sem nunca desmerecer esse prestígio, feliz e por todos acatados.
Eram seus pais os senhores Aristides Ferreira Leite e D. Maria Teles Leite, donos da propriedade “Maria Teles", situada nos arredores da Cidade.
Era tal o seu apego à terra natal que dela nunca se afastou, a não ser já nos últimos anos de sua vida, quando sentiu que as circunstâncias econômicas estavam a reclamar mudanças na trajetória até então adotada.
Foi na escola do renomado Professor Emiliano Nunes de Moura em Japaratuba, que o adolescente Totonho de Iáiá fez seu curso de primeiras letras, tornando-se um admirador da cultura intelectual, buscando sempre aprimorar seus conhecimentos. Não é nenhum exagero, guardadas as devidas proporções, considera-lo um dicionário ambulante.
Já homem, optou pelo comércio, desaguadouro natural de todos que pretendem movimentar e desenvolver as próprias economias, num meio onde são poucas as opções. Estabeleceu-se no ramo de gêneros alimentícios, não chegando a se tornar um grande comerciante, possivelmente pela conduta que adotou, de não girar com o dinheiro dos fornecedores, somente pagando à vista.
Na vida pública, pelo conceito desfrutado de cidadão probo, além de suas origens familiares, chegou a ser nomeado Juiz de Paz e Delegado de Polícia. Em ambos os cargos teve um desempenho com muita dignidade, marca de seu caráter de homem de bem.
Nasceu em 23 de fevereiro de 1909 e faleceu em 24 de junho de 1973, aos 64 anos de idade.
Sua morte ocorreu, havia pouco tempo que estava residindo na capital do estado, deixando viúva a senhora Maria Célia Leite, com dois filhos, que muito honram a sua memória, um dos quais tem o seu nome.
Na fase áurea do charadismo - década de 30 a 50 - foi Totonho um dos maiores cultores do movimento em Carmópolis, de preferência na modalidade novíssima, deleitando-se com os amigos que também apreciavam a arte, na criação e interpretação desse tipo de enigma, como seu passatempo predileto.
TEXTO DE ANTÔNIO CARLOS CONCEIÇÃO (CARLITO)